Suplementação de Magnésio: tipos, benefícios e como escolher o ideal
- Dr. Renato Susin
- 11 de out.
- 4 min de leitura
Por que a suplementação de magnésio é necessária?
O magnésio é um dos minerais mais importantes para o funcionamento do organismo, participando de mais de 300 reações bioquímicas essenciais. Ele atua na produção de energia (ATP), na contração muscular, na condução nervosa, na saúde óssea e até na regulação do humor.
No entanto, apesar da sua relevância, a deficiência de magnésio é comum. Isso acontece porque o solo brasileiro é pobre em magnésio, o que reduz a concentração desse mineral nos alimentos que consumimos. Assim, mesmo quem mantém uma alimentação equilibrada pode não alcançar as quantidades necessárias.
Além disso, fatores como estresse, consumo excessivo de álcool, uso de medicamentos (como diuréticos e antiácidos) e dietas pobres em vegetais verdes aumentam a demanda por magnésio.
O magnésio é essencial para manter o metabolismo equilibrado e prevenir desequilíbrios que, a longo prazo, podem gerar doenças crônicas.
O que a ciência já sabe sobre a suplementação de magnésio?
Nos últimos anos, a pesquisa científica tem reforçado a importância da suplementação de magnésio em várias áreas da saúde:
Hipertensão arterial: o FDA (EUA) já recomenda a suplementação de magnésio como parte do manejo de pacientes hipertensos.
Saúde óssea: essencial na prevenção da osteoporose, pois auxilia na fixação do cálcio nos ossos.
Função muscular: reduz câimbras, dores e melhora a performance esportiva.
Saúde mental: melhora sintomas de ansiedade, depressão leve e qualidade do sono.
Energia celular: atua diretamente na produção de ATP, fornecendo energia para cada célula do corpo.
No contexto da medicina funcional integrativa, a metabolômica permite identificar quais vias metabólicas estão mais comprometidas e indicar qual forma de magnésio é mais adequada para cada indivíduo, evitando suplementações generalizadas.
Tipos de magnésio e suas indicações
Existem diversas formas de magnésio disponíveis em suplementos. Algumas possuem maior biodisponibilidade, outras têm efeitos específicos em diferentes sistemas do corpo.
A seguir, apresentamos os principais tipos, com destaque para Magnésio Treonato, Dimalato e Glicina, os mais estudados e eficazes em diferentes contextos.
Magnésio Treonato: foco no cérebro e cognição
O magnésio treonato é uma forma que consegue atravessar a barreira hematoencefálica, chegando ao cérebro em maior concentração.
Principais benefícios:
Melhora da memória e aprendizado.
Suporte à saúde cognitiva.
Redução de ansiedade e estresse.
Indicado para: pessoas que buscam foco, prevenção de declínio cognitivo, estudantes e indivíduos em fases de grande desgaste mental.
Magnésio Dimalato: energia e saúde muscular
O magnésio dimalato é formado pela ligação do magnésio ao ácido málico, composto fundamental no ciclo de Krebs, onde ocorre a produção de ATP (energia).
Principais benefícios:
Melhora da disposição e energia.
Apoio em casos de fadiga crônica e fibromialgia.
Saúde cardiovascular e óssea.
Indicado para: pessoas com cansaço persistente, atletas, indivíduos com dores musculares e comprometimento mitocondrial.
O magnésio dimalato otimiza a produção de energia celular, sendo um aliado no combate ao cansaço crônico.
Magnésio Glicina: equilíbrio cardiovascular e relaxamento
O magnésio glicina é uma forma quelada ao aminoácido glicina, o que aumenta sua absorção e diminui os efeitos colaterais gastrointestinais.
Principais benefícios:
Regulação da pressão arterial.
Apoio no tratamento da ansiedade e depressão leve.
Melhora da qualidade do sono.
Redução de enxaquecas.
Indicado para: pacientes com hipertensão, arritmia, estresse físico e mental, mulheres com tensão pré-menstrual.
Outros tipos de magnésio e suas funções
Além dos três mais pesquisados, existem outras formas importantes:
Magnésio Citrato: melhora da função intestinal e saúde cardiovascular.
Cloreto de Magnésio: tradicional, usado para sono, cólicas e dores musculares.
Magnésio Taurato: saúde cardíaca e proteção neuronal.
Magnésio Ascorbato: fonte de vitamina C e ação antioxidante.
Óxido de Magnésio: efeito antiácido e laxante de curto prazo.
Magnésio Sulfato (Sal de Epsom): uso tópico para dores musculares e como laxante ocasional.
Suplementação de magnésio e metabolômica
Uma das grandes evoluções da medicina personalizada é a capacidade de mapear as carências do metabolismo através da metabolômica.
Em vez de adotar uma suplementação generalizada, a análise metabolômica identifica quais vias estão em desequilíbrio e quais metabólitos estão deficientes.
Isso permite:
Suplementações direcionadas, corrigindo carências reais.
Redução de gastos com suplementações desnecessárias.
Resultados mais rápidos e eficazes.
A metabolômica mostra o que realmente está faltando no metabolismo, permitindo suplementações precisas e eficazes.
Alimentos ricos em magnésio: por que nem sempre são suficientes?
Alimentos como vegetais verde-escuros, castanhas, sementes, grãos integrais e leguminosas são boas fontes de magnésio.
Porém, como o solo brasileiro é pobre em magnésio, muitas vezes esses alimentos não conseguem fornecer quantidades adequadas. Isso reforça a necessidade da suplementação para garantir níveis ideais.
Espinafre
Amêndoas
Sementes de abóbora
Feijão preto
Arroz integral
Quem deve considerar a suplementação de magnésio?
A suplementação pode ser considerada em diversos cenários:
Pessoas com hipertensão arterial.
Pacientes com osteoporose ou risco aumentado de fraturas.
Indivíduos com cansaço persistente.
Pessoas com transtornos de ansiedade e dificuldade para dormir.
Mulheres com tensão pré-menstrual.
Atletas e praticantes de atividade física intensa.
Considerações finais
A suplementação de magnésio é uma estratégia poderosa para equilibrar o metabolismo, melhorar a disposição, proteger a saúde cardiovascular e apoiar a saúde mental.
Formas como Treonato, Dimalato e Glicina são as mais pesquisadas e podem trazer benefícios específicos, dependendo da necessidade de cada pessoa.
Aliada à metabolômica, a suplementação torna-se ainda mais precisa, permitindo corrigir deficiências de forma direcionada.
Se você deseja compreender melhor suas necessidades nutricionais e descobrir qual tipo de magnésio pode ser mais adequado para o seu metabolismo, converse com a equipe do Dr. Renato Susin e explore os exames de precisão, como metabolômica, microbioma e genética.
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