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Queda de cabelo pós-parto: causas, quando se preocupar e como tratar com precisão

  • Foto do escritor: RK VIRTUAL ASSISTANT
    RK VIRTUAL ASSISTANT
  • 7 de dez.
  • 5 min de leitura



Por que ocorre a queda de cabelo pós-parto


A queda de cabelo após o parto é um fenômeno comum e geralmente fisiológico, chamado eflúvio telógeno pós-parto.

Durante a gestação, os níveis de estrogênio e progesterona se elevam, mantendo os fios em uma fase de crescimento prolongada (fase anágena).

Após o parto, esses hormônios 3,03caem abruptamente, e uma grande quantidade de fios entra na fase de queda (telógena), cerca de 2 a 4 meses depois do parto.


Esse processo é natural e temporário, fazendo parte da reorganização hormonal do corpo da mulher.

No entanto, quando a queda é intensa, persistente ou acompanhada de outros sintomas (como fadiga, unhas fracas, alterações de humor ou pele seca), é sinal de quehá mais fatores envolvidos além da oscilação hormonal.


A queda de cabelo pós-parto é fisiológica — mas pode ser agravada por deficiências nutricionais e desequilíbrios metabólicos que precisam ser investigados.

queda de cabelo pós-parto



Oscilação hormonal e o impacto no ciclo capilar


Durante a gestação, o corpo feminino passa por profundas adaptações hormonais.


  • O estrogênio mantém os fios em crescimento;


  • A progesterona atua no equilíbrio metabólico e na retenção hídrica;


  • O cortisol, relacionado ao estresse, tende a se elevar no pós-parto, impactando o ciclo capilar.


Quando o bebê nasce, ocorre uma queda brusca no estrogênio e na progesterona, enquanto o cortisol permanece alto devido ao estresse físico e emocional do puerpério.

Essa combinação faz com que cerca de 30% a 50% dos fios entrem na fase de queda ao mesmo tempo, gerando o aspecto de afinamento capilar difuso.


O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), responsável por coordenar o equilíbrio entre hormônios sexuais e do estresse, entra em adaptação — e essa transição, embora fisiológica, pode ser amplificada se houver cansaço extremo, sono irregular e dieta pobre em nutrientes.



Diferença entre queda fisiológica e queda por carência nutricional


Nem toda queda é normal.

O eflúvio fisiológico geralmente começa entre o 2º e o 4º mês pós-parto, tem duração de até 6 meses e tende a se resolver de forma espontânea.

Já aqueda patológica — provocada por carências nutricionais, disfunções hormonais ou inflamação crônica — é persistente, podendo durar mais de 9 meses e causar redução visível de volume capilar.


Sinais de que a queda pode não ser fisiológica:


  • Persistência por mais de 6 meses;


  • Diminuição do volume geral e rarefação visível;


  • Queda acompanhada de fadiga, irritabilidade ou unhas frágeis;


  • História prévia de anemia, tireoidopatias ou dietas restritivas.


Nestes casos, é essencial realizar uma avaliação metabólica detalhada, que inclua metabolômica, painel de micronutrientes e hormônios, para identificar os fatores subjacentes.



Carências nutricionais que favorecem a queda de cabelo pós-parto


Durante a gestação e amamentação, há uma demanda nutricional aumentada — o corpo prioriza a formação do bebê e a produção de leite, consumindo grande parte das reservas maternas.

Quando essas reservas não são repostas adequadamente, o couro cabeludo e os folículos capilares são diretamente afetados.


Principais nutrientes envolvidos na saúde capilar:


  • Ferro: fundamental para oxigenação dos folículos; sua deficiência é uma das causas mais comuns de eflúvio.


  • Zinco: essencial para replicação celular e queratinização.


  • Vitamina D: regula o crescimento dos fios e a resposta imune do couro cabeludo.


  • Vitaminas do complexo B (B7, B12, B9): participam da síntese de queratina e metilação.


  • Magnésio e selênio: cofatores antioxidantes que protegem contra o estresse oxidativo.


  • Aminoácidos (metionina, cisteína, glicina): precursores estruturais do fio capilar.


O cabelo é um reflexo do equilíbrio metabólico — e qualquer deficiência de micronutrientes pode se manifestar primeiro nos fios.


Como a metabolômica ajuda na investigação da queda de cabelo


A metabolômica é um exame de precisão que avalia os metabólitos ativos no organismo — identificando de forma funcional como o corpo está utilizando vitaminas, minerais e aminoácidos.

Diferente dos exames laboratoriais convencionais, ela revelacarências funcionais que ainda não aparecem no sangue, mas já impactam o metabolismo e a saúde capilar.


Por exemplo:


  • Baixos níveis de metionina e cisteína comprometem a formação da queratina;


  • Déficit de ferritina e zinco afeta o ciclo anágeno (de crescimento);


  • Redução de biotina e ácido fólico interfere na regeneração celular;


  • Marcadores alterados de cortisol e DHEA podem indicar disfunção do eixo HPA.


Essas informações permitem um plano de tratamento totalmente personalizado e seguro, com foco em corrigir as causas e não apenas os sintomas.



vitaminas e suplementos para queda de cabelo pós-parto


A influência hormonal e metabólica no pós-parto


Além das carências nutricionais, o desequilíbrio hormonal é um fator importante a ser considerado.

Após o parto, há:


  • Redução do estrogênio, que afeta a fase de crescimento dos fios;


  • Aumento do cortisol, que favorece a inflamação e o estresse oxidativo;


  • Oscilação do hormônio tireoidiano, comum no pós-parto e associada à queda capilar difusa;


  • Alterações da prolactina, que sustentam a amamentação, mas podem influenciar a densidade capilar.


A avaliação dos hormônios — especialmente T3, T4, TSH, cortisol e DHEA — é essencial para diferenciar o que é uma adaptação fisiológica e o que requer intervenção médica.



Quando a queda de cabelo pós-parto exige atenção médica


Embora a queda fisiológica seja autolimitada, é importante buscar avaliação médica quando houver:


  • Queda persistente por mais de seis meses;


  • Sinais de anemia ou cansaço extremo;


  • Unhas frágeis, pele seca ou ganho de peso;


  • História familiar de alopecia;


  • Uso prolongado de medicamentos (como anticoncepcionais ou antidepressivos).


A abordagem médica funcional integrativa considera tanto o contexto hormonal quanto o metabólico, identificando se há inflamação subclínica, carência nutricional ou resposta exacerbada ao estresse.



Estratégias naturais e nutricionais para acelerar a recuperação


O tratamento ideal combina ajustes de estilo de vida, alimentação rica em nutrientes e, quando necessário, suplementação orientada.


Alimentação e estilo de vida


  • Priorizar proteínas magras, peixes, ovos e leguminosas;


  • Consumir frutas e vegetais coloridos, ricos em antioxidantes;


  • Garantir boa hidratação e sono reparador;


  • Evitar restrições alimentares severas ou dietas radicais.


Suplementação personalizada


A suplementação deve ser feita conforme os resultados laboratoriais e da metabolômica, podendo incluir:


  • Complexo B em formas ativas (metiladas);


  • Ferro e vitamina C para aumentar a absorção;


  • Zinco quelado, magnésio glicina e biotina;


  • Colina e metionina, para suporte à metilação e regeneração capilar.


Cada mulher tem uma assinatura metabólica única — e o sucesso do tratamento depende de identificar suas necessidades específicas.

Quer entender se o seu corpo está realmente equilibrado e se você precisa otimizar a saúde dos seus fios após o parto?


Agende uma consulta com o Dr. Renato Susin, médico nutrólogo e especialista em medicina funcional integrativa.

A avaliação pode incluir exames de precisão, como ametabolômica, para identificar desequilíbrios e ajustar seu metabolismo de forma personalizada — restaurando o crescimento capilar e o bem-estar global.



Dr Renato Susin em consulta

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