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DHA: o ômega-3 essencial para o cérebro, gestação e prevenção da neuroinflamação

  • Dr. Renato Susin
  • há 2 dias
  • 5 min de leitura


DHA e EPA: qual a diferença entre esses tipos de ômega-3


O ômega-3 é uma família de ácidos graxos essenciais que inclui principalmente o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosa-hexaenoico).


Ambos têm funções anti-inflamatórias, mas atuam em áreas distintas do corpo.

Enquanto o EPA está mais relacionado à modulação de processos inflamatórios sistêmicos e à saúde cardiovascular, o DHA concentra-se nas membranas neuronais, desempenhando papel crucial no cérebro, na retina e durante a formação do sistema nervoso fetal.


O DHA é o principal ômega-3 estrutural do cérebro humano e essencial para o desenvolvimento cognitivo e emocional.


Diferença entre EPA e DHA



O papel do DHA na saúde cerebral


O cérebro humano é composto por cerca de 60% de gordura, e grande parte dessa gordura é formada por DHA.


Esse ácido graxo está presente nasmembranas dos neurônios, garantindo fluidez e eficiência na comunicação entre as células nervosas.

Quando há deficiência de DHA, ocorre prejuízo na transmissão de impulsos elétricos, afetando a memória, o raciocínio, a concentração e até o equilíbrio emocional.


Além disso, o DHA participa de processos antioxidantes e anti-inflamatórios que protegem o tecido cerebral do estresse oxidativo — um dos principais mecanismos envolvidos no envelhecimento e em doenças neurodegenerativas.


Manter níveis adequados de DHA é investir na clareza mental e na saúde das conexões cerebrais.


DHA nas membranas neuronais



DHA e neuroinflamação: quando a inflamação atinge o cérebro


A neuroinflamação é uma inflamação silenciosa que ocorre no sistema nervoso central, associada à fadiga mental, alterações de humor, ansiedade, depressão e declínio cognitivo.


Ela pode ser agravada por alimentação desequilibrada, estresse crônico, toxinas ambientais e deficiência de ômega-3.


O DHA atua como um potente modulador da neuroinflamação, ajudando a:


  • Reduzir a produção de citocinas inflamatórias;


  • Estimular a formação de resolvinas e maresinas, moléculas responsáveis por “encerrar” o processo inflamatório;


  • Restaurar a integridade das membranas neuronais;


  • Proteger as mitocôndrias cerebrais contra o estresse oxidativo.


No contexto da medicina funcional integrativa, esse equilíbrio entre inflamação e resolução é essencial para a saúde mental e cognitiva a longo prazo.


O DHA atua como um sinal de paz bioquímica dentro do cérebro, encerrando o ciclo da inflamação silenciosa.

Neuroinflamação e ação do DHA



A importância do DHA na gestação e desenvolvimento fetal


Durante a gestação, o DHA torna-se ainda mais essencial.


Ele é responsável pelaformação do sistema nervoso, dos olhos e do cérebro do bebê, principalmente no terceiro trimestre, quando o crescimento cerebral é mais acelerado.

A mãe transfere parte significativa do DHA ao feto por meio da placenta, e posteriormente pelo leite materno.


Se a ingestão for insuficiente, tanto a mãe quanto o bebê podem apresentar carência, afetandofunções cognitivas, visão e comportamento infantil.


O DHA é o tijolo estrutural do cérebro em formação — e um dos maiores aliados da saúde materno-infantil.

  • Melhora o desenvolvimento neurológico e visual do bebê;


  • Reduz o risco de parto prematuro;


  • Contribui para o humor materno no pós-parto;


  • Apoia o metabolismo fetal e o crescimento saudável.


Por isso, a suplementação guiada por um médico funcional integrativo é recomendada em muitos casos, garantindo doses seguras e adequadas ao perfil de cada gestante.



DHA na gestação



Fontes naturais de DHA


A principal fonte natural de DHA são os peixes gordurosos de águas frias e profundas, como salmão selvagem, sardinha, cavala e arenque.


Esses alimentos concentram o DHA já na forma ativa, prontamente absorvível pelo corpo.

Alternativas vegetais, como algas marinhas, são boas opções para vegetarianos e veganos, pois algumas espécies contêm DHA de origem marinha cultivada.


  • Salmão selvagem


  • Sardinha


  • Cavala


  • Arenque


  • Óleo de algas (fonte vegetal de DHA)


O ideal é consumir duas a três porções de peixe por semana, priorizando preparações grelhadas ou assadas.


Quando a dieta não supre a necessidade, a suplementação pode ser considerada sob orientação médica.



Fontes alimentares de DHA



Deficiência de DHA: sinais e consequências


A deficiência de DHA é comum em dietas pobres em peixes e ricas em ultraprocessados.


Os sintomas podem surgir de forma sutil e progredir lentamente.


  • Dificuldade de memória e concentração;


  • Alterações de humor e ansiedade;


  • Pele e cabelos secos;


  • Fadiga persistente;


  • Maior suscetibilidade à inflamação e ao estresse oxidativo.


Em longo prazo, baixos níveis de DHA estão associados ao envelhecimento cerebral precoce, transtornos de humor e aumento da resistência à insulina — reforçando sua importância também no metabolismo.


O equilíbrio entre EPA e DHA é a base da comunicação saudável entre o corpo e o cérebro.

Avaliação funcional: o que a metabolômica revela sobre o DHA


A metabolômica permite analisar como o organismo está utilizando os ácidos graxos, incluindo o DHA.


Por meio dessa análise detalhada do perfil lipídico e inflamatório, é possível identificardeficiências, bloqueios nas vias de conversão e sobrecarga oxidativa.

Com esses dados, o médico funcional integrativo pode ajustar de forma precisa:


  • A dose ideal de suplementação;


  • A proporção entre EPA e DHA;


  • Estratégias nutricionais anti-inflamatórias;


  • Monitoramento da resposta metabólica ao tratamento.


Essa abordagem personalizada é o que diferencia a medicina de precisão da suplementação genérica, trazendo resultados sustentáveis.



DHA e metabolismo: energia e proteção celular


O DHA está presente nas membranas de todas as células, influenciando diretamente o metabolismo energético e a comunicação celular.


Em equilíbrio, ele melhora aeficiência mitocondrial, reduzindo a produção de radicais livres e apoiando a regeneração tecidual.

Quando há carência, as células tornam-se mais rígidas e vulneráveis à inflamação, dificultando a entrada de nutrientes e a saída de toxinas.


Esse mecanismo está por trás de sintomas comocansaço crônico, dores musculares eredução da performance mental.


Cuidar do metabolismo lipídico é cuidar da vitalidade celular — e o DHA é uma das chaves desse processo.


DHA e função mitocondrial



Suplementação e acompanhamento médico


Nem todas as pessoas convertem adequadamente o ALA (forma vegetal) em DHA.


Além disso, fatores comoidade, estresse, uso de medicamentos e inflamação intestinal podem reduzir essa conversão.

O acompanhamento médico permite definir a dosagem ideal, o tipo de suplemento mais indicado e a melhor combinação com outros nutrientes antioxidantes — como vitamina E, zinco e selênio, que protegem as gorduras da oxidação.


Suplementar de forma personalizada é transformar conhecimento bioquímico em prevenção real.


Conclusão


O DHA é um dos nutrientes mais valiosos da medicina funcional integrativa.


Sua presença adequada no organismo protege o cérebro, regula o metabolismo, previne a neuroinflamação e é decisiva durante a gestação.Mais do que um suplemento, ele representa uma ferramenta de prevenção e equilíbrio celular.


Com o apoio da metabolômica, é possível entender exatamente como seu corpo utiliza o DHA e ajustar o tratamento de forma individualizada.


O cérebro saudável é construído diariamente — e o DHA é um dos seus principais alicerces.

Quer entender se o seu corpo está realmente equilibrado e se você precisa otimizar seus níveis de DHA?


Agende uma consulta com o Dr. Renato Susin, médico nutrólogo e especialista em medicina funcional integrativa.

A avaliação pode incluir exames de precisão, como a metabolômica, para identificar desequilíbrios e ajustar seu metabolismo de forma personalizada.



Dr. Renato Susin em consulta de medicina funcional

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