Intolerância alimentar: causas genéticas, exames e o papel da metabolômica
- RK VIRTUAL ASSISTANT
- 29 de nov.
- 3 min de leitura

O que é intolerância alimentar
A intolerância alimentar é a dificuldade do organismo em digerir ou metabolizar determinados alimentos.
Diferente das alergias alimentares, que envolvem o sistema imunológico, as intolerâncias estão relacionadas a deficiências enzimáticas, alterações genéticas ou desequilíbrios intestinais.
Os sintomas mais comuns incluem inchaço, gases, cólicas, diarreia, enxaquecas, fadiga e irritabilidade — muitas vezes confundidos com outros distúrbios digestivos.

Principais tipos de intolerância alimentar
Intolerância à lactose
Causada pela deficiência da enzima lactase, responsável por quebrar a lactose (açúcar do leite).
Essa deficiência pode ser genética ou adquirida com o tempo, especialmente após infecções intestinais ou disbiose.
Gene envolvido: LCT (lactase) – polimorfismos neste gene determinam se o indivíduo mantém ou perde a capacidade de digerir lactose ao longo da vida.
Intolerância ao glúten (não celíaca)
Diferente da doença celíaca, esta forma de intolerância não envolve uma reação autoimune, mas sim uma hipersensibilidade ao glúten, com sintomas como distensão, fadiga e névoa mental.
A genética e a permeabilidade intestinal influenciam a resposta ao glúten. Genes comoHLA-DQ2 eHLA-DQ8 aumentam a predisposição à sensibilidade.
Intolerância à histamina
Provocada pelo acúmulo de histamina devido à baixa atividade da enzima DAO (diamina oxidase), responsável por degradar essa substância.
Sintomas incluem vermelhidão, dor de cabeça, palpitações e desconforto intestinal após alimentos ricos em histamina (como vinho, queijos curados e embutidos).
Gene envolvido: AOC1 – variantes genéticas podem reduzir a capacidade de metabolizar a histamina.
Testes genéticos e o diagnóstico de intolerâncias
Os testes genéticos nutrigenéticos permitem avaliar polimorfismos em genes que afetam o metabolismo de nutrientes e enzimas digestivas.
Essas informações ajudam o médico a identificar predisposições antes mesmo do aparecimento dos sintomas.
LCT → digestão da
HLA-DQ2 / HLA-DQ8 → sensibilidade ao glúten
AOC1 (DAO) → metabolização da histamina
FUT2 → microbioma intestinal e absorção de vitamina B12
MTHFR → metilação e metabolismo do ácido fólico
“Com os testes genéticos, é possível entender como o organismo reage a determinados alimentos e personalizar a dieta com precisão.”

O papel da metabolômica nas intolerâncias alimentares
A metabolômica complementa o teste genético ao avaliar como o corpo está funcionando de fato, detectando alterações bioquímicas provocadas por intolerâncias e dietas restritivas.
Quando uma pessoa exclui grupos alimentares (como laticínios ou cereais), podem surgir carências nutricionais que afetam o metabolismo.
A análise metabolômica identifica marcadores relacionados a:
Deficiência de vitaminas do complexo B (B2, B6, B12, ácido fólico)
Baixo metabolismo energético (alterações no ciclo de Krebs)
Déficit de aminoácidos essenciais
Aumento de metabólitos inflamatórios intestinais
Esses dados orientam a reposição precisa de nutrientes, prevenindo sintomas secundários de restrição alimentar.
“A genética mostra a predisposição; a metabolômica revela o que já está acontecendo no metabolismo.”
Microbioma intestinal: elo entre intolerância e inflamação
O desequilíbrio da flora intestinal — chamado disbiose — pode piorar as intolerâncias alimentares, reduzindo enzimas digestivas e aumentando a permeabilidade intestinal.
O exame do microbioma intestinal avalia bactérias que participam da digestão da lactose, do glúten e da histamina, auxiliando na escolha de probióticos específicos.

Quando investigar intolerâncias alimentares
Procure avaliação médica se houver:
Desconforto abdominal frequente após refeições
Alterações intestinais persistentes
Enxaquecas e fadiga inexplicáveis
Sintomas cutâneos ou respiratórios após certos alimentos
Perda de peso involuntária
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Agende uma consulta com o Dr. Renato Susin, médico nutrólogo e especialista em medicina funcional integrativa.
A avaliação pode incluirtestes genéticos, mapa do microbioma intestinal e metabolômica, para identificar intolerâncias alimentares, carências nutricionais e ajustar seu metabolismo de forma personalizada.





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