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Disruptores endócrinos: o que são, onde estão e como se proteger

  • Dr. Renato Susin
  • 7 de out.
  • 3 min de leitura

O que são disruptores endócrinos?


Disruptores endócrinos são substâncias químicas capazes de interferir no funcionamento do sistema hormonal. Elas podem imitar, bloquear ou alterar a produção e ação de hormônios, desregulando processos essenciais do organismo.


O impacto não é imediato, mas ocorre ao longo do tempo. A exposição repetida e acumulada aumenta os riscos de doenças metabólicas, alterações hormonais, infertilidade, obesidade, diabetes, distúrbios da tireoide e até câncer.


Pequenas doses de disruptores endócrinos ao longo da vida podem causar grandes impactos na saúde.

Recibo contendo Bisfenol A



Onde estão os disruptores endócrinos?


Para compreender como reduzir a exposição, é importante saber onde eles se escondem no dia a dia.


Exemplos comuns de disruptores e suas fontes:


  • Bisfenol A (BPA): encontrado em plásticos, garrafas, potes de comida, latas revestidas e recibos térmicos.


  • Ftalatos: presentes em plásticos flexíveis, embalagens, perfumes, cosméticos e produtos de limpeza.


  • Parabenos: usados como conservantes em cremes, shampoos, hidratantes e maquiagens.


  • Pesticidas e herbicidas: encontrados em frutas, verduras e cereais cultivados com agrotóxicos.


  • Dioxinas: liberadas em processos de combustão e podem contaminar carnes, laticínios e peixes.


  • PFAS (perfluorados): presentes em panelas antiaderentes antigas, embalagens de fast-food e tecidos impermeáveis.


Os disruptores endócrinos não estão em lugares óbvios. Muitas vezes, eles fazem parte de objetos e alimentos do cotidiano.


Disruptores endócrinos no dia a dia: exemplos práticos


Para visualizar melhor, veja como eles aparecem em situações comuns:


  • Na cozinha:


    • Plásticos usados para armazenar comida quente liberam BPA.


    • Panelas antiaderentes antigas liberam PFAS.


    • Embalagens de fast-food podem conter químicos perfluorados.


  • No banheiro:


    • Perfumes e desodorantes podem ter ftalatos.


    • Shampoos e cremes com parabenos.


    • Maquiagens que usam conservantes hormonais.


  • Na alimentação:


    • Resíduos de pesticidas em frutas, legumes e verduras.


    • Carne e leite contaminados por dioxinas.


    • Peixes expostos a poluentes ambientais.


  • No trabalho ou comércio:


    • Recibos térmicos (BPA) ao manipular notas e comprovantes.


    • Produtos de limpeza com fragrâncias artificiais e solventes químicos.



Recibo contendo Bisfenol A



Impactos dos disruptores endócrinos na saúde


Os efeitos vão além do sistema hormonal. Eles estão relacionados a doenças crônicas e metabólicas que muitas vezes aparecem sem causa aparente.


Possíveis consequências da exposição prolongada:


  • Infertilidade masculina e feminina.


  • Alterações na tireoide.


  • Obesidade e síndrome metabólica.


  • Diabetes tipo 2.


  • Cânceres hormônio-dependentes (mama, próstata, testículo).


  • Puberdade precoce em crianças.



Como reduzir a exposição no cotidiano


Não é possível eliminar completamente os disruptores endócrinos, mas algumas mudanças práticas reduzem bastante o contato.


Dicas para o dia a dia:


  • Prefira vidro ou inox novo e intacto para armazenar alimentos em vez de plásticos.


  • Evite esquentar comida em recipientes plásticos no micro-ondas.


  • Lave bem frutas e verduras para reduzir resíduos de pesticidas.


  • Prefira alimentos orgânicos sempre que possível.


  • Troque panelas antiaderentes antigas por ferro, inox ou cerâmica de boa qualidade.


  • Leia rótulos de cosméticos e evite produtos com parabenos e ftalatos.


  • Reduza o uso de produtos de limpeza com fragrâncias sintéticas fortes.


  • Evite contato direto e frequente com recibos térmicos.




O papel dos exames de precisão


A medicina funcional integrativa vai além do tratamento dos sintomas: busca identificar desequilíbrios metabólicos antes que eles se transformem em doenças.


Exames que auxiliam na prevenção:


  • Teste de microbioma intestinal: avalia a composição da flora intestinal. Alterações podem indicar disbiose relacionada à má absorção de nutrientes e maior vulnerabilidade do organismo.


  • Metabolômica: avalia centenas de metabólitos no organismo, permitindo mapear desequilíbrios metabólicos que podem estar ligados ao excesso de toxinas e ao estresse oxidativo.


  • Testes genéticos: mostram predisposições a doenças que podem ser agravadas pela exposição a poluentes.


Quanto mais cedo identificamos os desequilíbrios, maiores as chances de prevenir doenças crônicas relacionadas a disruptores endócrinos.


Conexão entre disruptores endócrinos e programação metabólica


Pesquisas já mostram que a exposição precoce, até mesmo na gestação, pode influenciar a programação metabólica do feto, alterando riscos futuros de obesidade, diabetes e doenças hormonais.


Isso reforça a importância da prevenção intergeracional, ou seja, cuidar da saúde não só para o presente, mas também para as próximas gerações.



Conclusão


Os disruptores endócrinos estão ao nosso redor em produtos, alimentos e embalagens. Embora não seja possível eliminá-los completamente, é viável reduzir significativamente a exposição com escolhas conscientes no dia a dia.


A medicina funcional integrativa traz ferramentas avançadas, como a metabolômica e o teste do microbioma intestinal, que permitem enxergar além dos sintomas e atuar na raiz dos desequilíbrios.


Prevenir é sempre mais eficaz do que tratar. Por isso, a avaliação de saúde personalizada é um passo essencial para quem busca qualidade de vida e longevidade.


Quer entender melhor como os exames de precisão podem transformar sua saúde?


Conheça o trabalho do Dr. Renato Susin, especialista em nutrologia e medicina funcional integrativa, e descubra como identificar desequilíbrios metabólicos antes que eles evoluam para doenças.


bunner Dr. Renato Susin

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