Magnésio Glicina: benefícios e impacto no metabolismo celular
- RK VIRTUAL ASSISTANT
- 4 de dez.
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O que é o magnésio glicina e por que ele é diferente
O magnésio glicina é uma forma quelada de magnésio, em que o mineral está ligado ao aminoácido glicina.
Essa combinação aumenta a biodisponibilidade, melhora a absorção intestinal e reduz os desconfortos gastrointestinais comuns em outras formas do mineral.

Entre as principais formas de magnésio disponíveis, o glicinato se destaca:
Magnésio citrato: mais indicado para constipação intestinal;
Magnésio dimalato: favorece a energia muscular;
Magnésio treonato: atravessa a barreira hematoencefálica, atuando na cognição;
Magnésio glicina: destaca-se pelo efeito calmante, relaxante e pela atuação no metabolismo celular e na síntese proteica.
A função do magnésio no organismo
O magnésio participa de mais de 300 reações bioquímicas, incluindo:
Produção de energia (ATP);
Regulação da contração muscular;
Equilíbrio eletrolítico e pressão arterial;
Controle da glicemia e sensibilidade à insulina;
Função neurológica e liberação de neurotransmissores.
Quando há deficiência, o corpo pode apresentar fadiga, câimbras, irritabilidade, enxaquecas e dificuldade de sono.
A deficiência de magnésio é uma das carências minerais mais comuns e subdiagnosticadas na prática clínica.
O papel da glicina: o aminoácido que potencializa o magnésio
A glicina é um aminoácido não essencial, mas com funções vitais.
Ela atua como neurotransmissor inibitório, regulando o sistema nervoso central, promovendo relaxamento e melhorando a qualidade do sono.
Na metabolômica, níveis reduzidos de glicina podem estar associados a estresse oxidativo elevado, inflamação crônica e baixa capacidade de detoxificação hepática.
Por outro lado, níveis equilibrados favorecem a síntese de glutationa, um dos principais antioxidantes do corpo.
Além disso, a glicina é fundamental para:
A formação de colágeno e tecidos conjuntivos;
A síntese de creatina, essencial para energia muscular;
O equilíbrio entre excitação e inibição neuronal, prevenindo ansiedade e insônia.

Magnésio glicina e metabolismo celular
A forma quelada magnésio + glicina atua diretamente em processos metabólicos observáveis na metabolômica, como:
Melhoria do ciclo do ATP (energia celular);
Regulação do ciclo da metilação;
Redução de marcadores inflamatórios;
Aumento da resposta antioxidante;
Melhora na homeostase de cálcio e potássio intracelulares.
Na prática, o magnésio glicina ajuda a reduzir o cansaço físico e mental, melhora a recuperação muscular e apoia o funcionamento mitocondrial.
Em exames de metabolômica, é comum encontrar alterações nos metabólitos de glicina e glutationa em pacientes com fadiga crônica ou distúrbios do sono — indicando a necessidade de suporte com magnésio e aminoácidos específicos.
Magnésio glicina e saúde mental
O magnésio tem efeito modulador sobre o eixo HPA (hipotálamo-hipófise-adrenal), reduzindo a liberação de cortisol e atenuando a resposta ao estresse.
A associação com a glicina potencializa o efeito calmante, atuando nos receptores NMDA e GABA, que promovem relaxamento e equilíbrio emocional.
Por isso, o magnésio glicina é amplamente indicado em casos de:
Ansiedade leve e tensão muscular;
Dificuldade para dormir;
Irritabilidade e fadiga mental;
Síndrome pré-menstrual (TPM).
A combinação de magnésio e glicina favorece o relaxamento físico e mental sem causar sonolência excessiva.
Magnésio glicina e sono restaurador
A presença da glicina torna o magnésio glicina uma excelente opção para melhorar a arquitetura do sono.
Estudos mostram que a glicina reduz a temperatura corporal central, induz o relaxamento e melhora a eficiência do sono profundo (fase N3).
Em paralelo, o magnésio ativa os receptores GABAérgicos, responsáveis por desacelerar a atividade neuronal.
O resultado é um sono mais reparador e consistente, sem o uso de sedativos.

O que a metabolômica revela sobre magnésio e glicina
Os exames de metabolômica permitem identificar alterações bioquímicas sutis que justificam a suplementação personalizada.
Entre os achados mais comuns estão:
Baixos níveis de magnésio → prejudicam o ciclo energético e a função mitocondrial;
Redução de glicina → afeta a produção de glutationa e a detoxificação hepática;
Aumento de ácido oxálico → pode estar relacionado ao desequilíbrio na metabolização do magnésio;
Alterações na via da metilação → indicam necessidade de suporte com magnésio e aminoácidos metiladores.
Essas informações ajudam o profissional a compreender se o paciente está realmente metabolizando bem magnésio e glicina — e se há necessidade de ajuste na dose ou na forma suplementar.
Diferença entre magnésio glicina e outras formas de magnésio
Embora todas as formas forneçam magnésio, o diferencial do magnésio glicina é o efeito calmante e de alta absorção.
Tipo de Magnésio | Principal Efeito | Indicação Principal |
Magnésio Citrato | Melhora o trânsito intestinal | Constipação leve |
Magnésio Dimalato | Favorece energia e disposição | Fadiga, performance |
Magnésio Treonato | Atua no cérebro e memória | Cognição, foco |
Magnésio Glicina | Relaxamento e sono | Ansiedade, tensão, sono ruim |
Doses e orientações de uso
A dose ideal de magnésio glicina varia conforme a necessidade individual e deve ser ajustada por um profissional.
Em geral, doses entre200 mg e 400 mg/dia são utilizadas em adultos saudáveis.
Pode ser tomado à noite, favorecendo o sono e a recuperação muscular, ou conforme recomendação médica.
O uso individualizado é essencial — a dose ideal depende da absorção, do metabolismo e do perfil bioquímico de cada pessoa.
Quer entender se o seu corpo está realmente equilibrado e se você precisa otimizar magnésio e glicina?
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A avaliação pode incluir exames de precisão, como ametabolômica, para identificar desequilíbrios e ajustar seu metabolismo de forma personalizada.





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